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História As referências escritas a esta e outras “villas” que tinham como orago Santa Eulália, que correspondem à actual freguesia de Chave, do concelho de Arouca, remontam ao período medieval. Aí o Mosteiro de Arouca dispunha por herança e compra de diversas propriedades que subsequentemente aforava. A freguesia é actualmente conhecida como Chave. Tal nome tem provavelmente origem num n. comum desaparecido ”chava” > “chave” < lat. Flava relativo à cor da sua vegetação sazonal impressiva (antes de se tornar lugar cultivado). Encontra-se numa das encostas mais suaves da Serra da Freita. Era por aí que do litoral nortenho e sobretudo da zona do grande Porto, para o interior e vice-versa, outrora caminhantes e caramuleiros transitavam, com os mais diversos géneros, por escalavrados caminhos, ladeados por monumentos megalíticos, para alcançarem Viseu e outras localidades circundantes. Já nos finais do século XIX foi aberta uma estrada real que entroncava na grande via em Oliveira de Azeméis que fazia a ligação de toda a região compreendida entre Lisboa e Porto. Os lugares que a compõem encontram-se dispersos por terreno acidentado e altivo, mas regra geral, bastante fértil a que não são estranhos os ribeiros e arroios que precipitando-se das encostas graníticas da Freita contribuem para a existência de ridentes e férteis vales que convertem esta localidade numa típica região do Minho, embora estejamos no Douro Litoral. O rio Arda passa na sua extremidade NE. Partilha limites com as antigas terras de Cambra e da Feira. As principais actividades: agricultura, silvicultura e pastorícia caíram num declínio bastante acentuado e poucos são os resistentes que apesar de tudo ainda continuam a manter viçosos e verdejantes os socalcos de muitas courelas. Registe-se o despertar para as actividades industriais, entretanto surgidas no local conhecido como Rossio e que têm contribuído para a manutenção de uma estabilização da população e para a criação de riqueza. Elaborado por Filomeno Silva |
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